Localização

A localidade de Fonte Longa integra o concelho da Meda por decreto de 1895, não obstante só ter saído do de Vila Nova de Foz Côa três anos depois. A povoação é uma autêntica varanda sobre as terras da Veiga de Longroiva. Faz parte, com Meda, Poço do Canto e Longroiva, do conjunto áreas demográficas do concelho da Meda incluídas na Região Demarcada do Douro. É atravessada pena EN 324, entretanto desnacionalizada.

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 Notas Históricas

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á notícias do povoamento da Fonte Longa desde o período neolítico, face aos vestígios encontrados dessa época, como os machados polidos. Foi igualmente povoada no período da romanização, como o atestam diversas moedas encontradas no seu aro. Pertenceu á Comenda da Ordem de Cristo, que compreendia Longroiva, Meda, Muxagata, Santa Comba e Fontelonga. A Fonte Longa é um povoado interessante, com o seu casario incrustado numa meia-encosta que tira partido do sul. Abrigada dos frios do norte, nela se produzem culturas próprias das terras quentes ou mediterrânicas, como são a amendoeira, a oliveira e a vinha. Dos seus amendoais pode dizer-se que eles se tornam o melhor cartaz das amendoeiras em flor em todo o Concelho da Meda; dos olivais, que deles se consegue extrair um dos mais finos azeites do Alto-Douro e das vinhas, que estas, por se encontrarem na Região Demarcada do Douro, contribuem poderosamente para a fama dos bons vinhos desta região, incluindo o famoso “vinho fino, generoso ou do “Porto”. O Capelão da Casa Real e Abade de Cedovim, nos finais do século XVIII, dizia que no território da Fontelonga “se produz muito centeio, trigo, cevada, milho, feijões, grãos, garrobas”, sendo também abundantemente em gado miúdo e caça. Tinha então 129 fogos e 223 almas, enquanto no século anterior tinha apenas 100 fogos mas 400 almas. Porém, no ano de 1900 a Fontelonga possuía no seu termo 161 fogos e 578 almas. O património arquitectónico e artístico desta freguesia merece também algumas referências. Desde logo a sua Igreja Matriz, situada num belo largo, com capela-mor e sacristia. Dedicada a Santa Maria Madalena, tem um altar de estilo barroco e altares laterais dedicados a Nossa Senhora do Rosário e ao Menino Deus. São, respectivamente, dos séculos XVII e XVIII as imagens da Padroeira e de Santo António, ali se encontrando uma cadeira paroquial que é da época de D. José I. A capela de Nossa Senhora de Belém, nas proximidades da povoação, está implantada em aprazível lugar junto da EN 324. É de construção airosa, barroca, e possui um altar da época de D. Maria I. Lá dentro se encontra a piedosa e antiquíssima imagem de Nossa Senhora de Belém, que, ainda não há muitos anos, motivava uma concorrida romagem anual na quadra da Páscoa. Nos últimos anos a população da Fonte Longa passou a beneficiar de diversos importantes melhoramentos que contribuem para a sua qualidade de vida. Sem se falar de obras de abastecimento de água, de saneamento e de calcetamento das suas ruas e largos, a sede da freguesia foi electrificada em 1968, e num dos mandatos do Dr. João Mourato Leal Pinto foi possível alargar igual benefício à Quinta da Canameira (último lugar povoado do Concelho a ser electrificado). A constituição da Associação de Municípios do Rio Torto, que integra o concelho da Meda, veio permitir um desafogado abastecimento de água às populações do Concelho, com o que a freguesia da Fonte Longa, bem como as restantes freguesias do Concelho, viram eficazmente resolvido um dos problemas que as afligia.

Área: 996 Ha

Orago: Stª Maria Madalena

Distância da Sede de Concelho: 9 Kms