A bandeira do concelho de Mêda, como muitas outras, exprime a ideia de unidade e solidariedade da comunidade a que respeita, sem deixar de manifestar as grandes marcas da vida da sua população.
De tempos longínquos vem a utilização de alguns símbolos para efeitos de identificação de um povo ou de uma comunidade – local, regional ou nacional. Soberanos e ricos-homens decoravam as suas bandeiras com distintivos próprios. Ao utilizar determinados sinais pretendiam simbolizar o seu domínio, a pertença de bens ou a identidade do seu povo.
O desenvolvimento da ciência correspondente, a Heráldica, fez com que a utilização de tais símbolos ou armas, passasse a respeitar, já não só aos reis ou aos terra-tenentes, mas, com o desenvolvimento dos concelhos, também a estes. Em Portugal, nos anos 30 do século XX determinou-se que cada concelho procurasse identificar-se com os seus valores característicos, elaborando e fazendo aprovar o seu brasão de armas, cuja motivação se alargaria à respectiva bandeira e ao selo do município.
Foi assim que, pela Portaria nº 8266, publicada no “Diário do Governo” nº 259, I Série, de 8 de Novembro de 1935, foram aprovadas as Armas do Concelho da Meda, que, desde então, são as seguintes:
- De prata, com uma meda de trigo, rematada por uma espiga do mesmo, tudo em verde e alçada de ouro. A meda assenta num contra-chefe de negro semeado de plantas de verde. Coroa mural de prata de quatro torres e listel branco com os dizeres: “Vila de Mêda”, a negro.
- A Bandeira: de verde.
- Cordões e borlas de prata e de verde.
- Haste e lança douradas.
- O Selo: Circular, tendo ao centro as peças das armas sem identificação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres: “Câmara Municipal de Meda”.
Com a elevação a cidade, por força da Lei n.° 53/91, de 07 de agosto, a coroa mural de prata que era de quatro torres (correspondente a Vila), passou a ser de cinco torres (correspondente a cidade). Coroa mural de prata de cinco torres e listel branco com os dizeres: “Cidade de Meda”, a negro.